Google quer criar mecanismo para abandonar senhas no Android
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O Google anunciou durante a conferência Google I/O na sexta-feira (20) que está finalizando uma tecnologia para Android chamada de "Trust Score" ("Escore de Confiança", em tradução de livre). O objetivo é utilizar os sensores do celular para tentar identificar o usuário, atribuindo a ele um "nível de confiança".
O nível de confiança dependeria da velocidade de digitação, padrão vocal, reconhecimento facial, localização e proximidade a dispositivos Bluetooth e redes Wi-Fi conhecidas. Quanto mais o aparelho entende que o usuário é o verdadeiro dono, mais permissões ele possui, com aplicações sensíveis, como as bancárias, sendo autorizadas apenas em níveis altos de confiança.
Conhecido como "Projeto Abacus", o desenvolvimento da tecnologia ocorre há pelo menos um ano no laboratório de tecnologias avançadas da gigante das buscas. O Google acredita que a tecnologia estará pronta até o fim de 2016, podendo aparecer nos aparelhos a partir de 2017.
A iniciativa faz parte de um movimento maior que busca eliminar as senhas ou, pelo menos, a necessidade de uso constante delas. O Google já adota tecnologias de autenticação por chip USB para eliminar a necessidade de senhas em computadores, mas esses chips não são compatíveis com celulares.
Riscos
Embora as senhas sejam quase que universalmente odiadas por serem incômodas e estarem vulneráveis em vazamentos de dados, os impactos de segurança de tecnologias de autenticação novas ainda são desconhecidos.
O site de tecnologia "The Register" observou que o "escore de confiança" do Google, ao permitir o acesso básico ao aparelho em situações de baixa confiança, abre a possibilidade dos ataques de "escalação de privilégio", que usam uma brecha secundária no sistema para dar permissões maiores do que aquelas que o usuário devia ter. Quando um aparelho está totalmente bloqueado por uma senha, não podendo executar nenhum aplicativo, esse risco é reduzido.
No início do mês, cinco pesquisadores financiados pelo governo dos Estados Unidos publicaram um estudo demonstrando como um robô de Lego pode ser programado para imitar o comportamento de toque de um humano, burlando tecnologias que autenticam o usuário pelos padrões de toque na tela.
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